Bicho-Mineiro

Colheita do café – Por que manejar o bicho-mineiro neste período é essencial?

O bicho-mineiro representa uma grande dor de cabeça para cafeicultores. Para melhor controle desta praga é essencial adotar um monitoramento constante, inclusive no período de colheita.

Por cleber@seox.com.br

Pelo seu potencial de reduzir a produtividade da cultura do café, o bicho-mineiro, Leucoptera coffeella, causa grande preocupação aos cafeicultores. A espécie é apontada como uma das mais importantes pragas no Brasil.

Responsável por intensa desfolha nas plantas e por prejuízos severos à produtividade do cafezal, o bicho-mineiro requer um monitoramento criterioso que permita a determinação do nível de dano e rápida adoção das medidas de controle.

Muitos produtores desconhecem ou dão pouca atenção, mas é fundamental que o monitoramento e possível manejo do bicho-mineiro deva ocorrer o ano todo, inclusive no momento da colheita do café, contribuindo para maiores produtividades futuras da cultura.

Por isso, vamos entender por que o monitoramento e o controle do bicho-mineiro devem ocorrer também no período de colheita do café.

Monitoramento: etapa mais importante para o manejo do bicho- mineiro

Na atividade cafeeira, o monitoramento do cafezal é uma das etapas de maior importância dentro do planejamento fitossanitário da cultura. O monitoramento bem conduzido, torna o controle mais assertivo e eficaz, visando redução dos custos, mão de obra e desgaste de máquinas com aplicações desnecessárias.

O monitoramento deve representar uma tarefa rotineira independentemente do tamanho da área e da região de cultivo. No entanto, muitos produtores relatam que é complexo e demorado monitorar as lavouras de forma contínua.

Para reverter essa ideia e tornar o monitoramento mais fácil e executável, é importantíssimo que se tenha um plano de amostragem elaborado com antecedência. Essa amostragem deve iniciar-se com a correta identificação do bicho-mineiro, representada por galerias (“minas”) que se formam nas folhas, indicando o sinal de ataque.

Com o inseto identificado e sua presença confirmada no cafezal, cabe ao produtor manter um monitoramento constante da praga. Mas quando e por que realizar um eficiente monitoramento do inseto no cafeeiro?

Qual é o melhor momento para realizar o monitoramento?

Essa é, sem dúvidas, uma das questões mais importantes para um melhor controle do bicho-mineiro, exigindo, por isso, requer muito planejamento por parte do cafeicultor.

Nesse sentido, vale lembrar que a praga pode ocorrer durante praticamente o ano todo. Em razão das condições climáticas e das diferentes regiões de cultivo, é comum que ocorram flutuações populacionais, com picos de infestação nos meses mais secos e quentes do ano.

No Brasil, as principais regiões produtoras, como o triângulo mineiro e o Alto Paranaíba, são locais, via de regra, mais secos e quentes, e com isso, a praga consegue de forma mais rápida e favorável, completar seu ciclo.

Nessas condições favoráveis, a praga tende a encurtar seu ciclo de desenvolvimento, aumentando por consequência as gerações e infestações, causando danos econômicos expressivos ao cafezal. Por isso, é essencial realizar um bom monitoramento durante todo o ano, intensificando durante os períodos mais secos e quentes, entre março/abril e setembro, períodos que podem corresponder com a colheita do café.

Dessa forma, o monitoramento permite identificar o nível de dano e consequentemente a adoção de medidas operacionais cabíveis de controle.

Estratégias para melhor controle do bicho-mineiro no cafezal

Como vimos anteriormente, é essencial que o monitoramento do bicho-mineiro do cafezal seja realizado de forma contínua para que a produtividade não seja comprometida pelo ataque da praga.

Assim, é importante que o cafeicultor atente para alguns importantes tópicos para o manejo:

1. Identificar a praga da forma correta, visualizando as minas nas folhas;

2. Manter um monitoramento constante, intensificando principalmente nos períodos de pico populacional da praga e em períodos mais secos e quentes,

3. Adotar as medidas de manejo quando o nível de controle for atingido (30% das folhas do terço médio com pelo menos uma mina intacta ou na presença de folhas minadas em cafezais mais novos);

4. Adotar novas tecnologias e modernas soluções de controle do bicho-mineiro no cafeeiro. Produtos químicos com ação sistêmica e de contato são excelentes opções neste sentido.

Dentre as principais tecnologias e soluções à disposição do cafeicultor que permitam melhor controle do bicho-mineiro, vale conhecer SPIRIT, desenvolvido pela IHARA.

Com uma tecnologia totalmente inovadora e exclusiva no Brasil, esse inseticida oferece maior controle e residual para as pragas: bicho-mineiro, ferrugem-do-cafeeiro e cigarra do café. Aplicado via solo com alta sistemicidade, SPIRIT confere eficácia superior no manejo e produtividade da cultura do café.

O cafeicultor tem também a possibilidade de optar por outra tecnologia da IHARA: o BOLD. Este é um inseticida inovador para manejo tanto em bicho-mineiro quanto em broca, podendo ser uma opção na rotação de princípios ativos com a máxima eficiência.

O inseticida BOLD apresenta duplo mecanismo de ação, sistêmico e de contato. Tem também grande versatilidade de uso, podendo ser aplicado via terrestre, aérea e na florada, sendo por isso uma excelente solução para melhor controle do bicho-mineiro e broca-do-café.

Revisado por Ximena Maira de Souza Vilela, gerente de Produtos Fungicidas

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