Controle de daninhas
Controle de daninhas no cafezal e as novas tecnologias de manejo
Algumas plantas antes consideradas daninhas hoje podem “conviver” com o cafezal, tendo papel importantíssimo na proteção do solo contra ocorrências
Uma das grandes dificuldades do dia a dia de cafeicultores são as plantas daninhas. Dependendo da intensidade da infestação, elas contribuem para a redução da produtividade da lavoura, da rentabilidade e são responsáveis por reduzir a qualidade do café colhido.
Por muitos anos, as plantas daninhas eram vistas pelos cafeicultores, exclusivamente, como competidoras e, por isso, deveriam ser erradicadas do cafezal. O objetivo do cafeicultor, na época, era ver a terra “nua”, sem nenhum tipo de “mato” que comprometesse a produtividade.
Mas, na atualidade, o cafeicultor já possui conhecimento de que algumas plantas têm um papel importante para a cultura. E o seu controle vem sendo substituído por técnicas e ferramentas de manejo mais específicas, que consideram o tipo de café, a época do ano e uso de herbicidas modernos e que permitem uma revolução no manejo de plantas daninhas no café.
O solo não pode estar totalmente livre de daninhas
Algumas plantas antes consideradas daninhas hoje podem “conviver” com o cafezal, tendo papel importantíssimo na proteção do solo (principalmente arenoso) contra ocorrências de erosão, manutenção da umidade, fornecimento de matéria orgânica e ciclagem de nutrientes.
Dessa forma, dois pilares são atualmente adotados na cafeicultura:
- Manter a linha do café sem plantas daninhas vivas, mas coberta por palhada;
- Manter a entrelinha sempre com “mato”.
A ideia nesse sentido é produzir mato na entrelinha para colocá-lo na linha do café, formando uma espécie de “colchão” de material vegetal morto. Com isso a linha do café permanece sempre coberta por palhada e a entrelinha por plantas daninhas, com elas sendo continuamente roçadas.
Métodos de controle de daninhas em cafezais
Além do entendimento de que o café precisa “conviver” com plantas daninhas, o cafeicultor deve também conhecer as tecnologias relacionadas aos métodos de controle dessas plantas invasoras, impedindo que elas não exerçam competição com a cultura, nem reduzam sua produtividade.
Para tal, existem diversos métodos de controle com grande eficiência, dentre eles: o manejo preventivo, o controle cultural, o controle mecânico, o controle físico e o controle químico com uso de modernos herbicidas.
Manejo preventivo
Para que o cafezal não sofra com a infestação de plantas daninhas, a prevenção é certamente o melhor remédio. O manejo preventivo de plantas daninhas consiste na adoção de práticas capazes de evitar a introdução, estabelecimento e/ou a disseminação de determinadas espécies em áreas ainda não infestadas.
Nesse sentido, a tecnologia 4.0 pode ser uma grande aliada do cafeicultor. Através da agricultura de precisão, é possível fazer uso de drones na melhor identificação e localização de manchas ou reboleiras de plantas daninhas para mapeamento da infestação na lavoura.
Manejo cultural
O manejo cultural tem relação com a estratégia já citada anteriormente, em que, principalmente no período chuvoso, deve-se evitar que o solo fique totalmente descoberto, principalmente nas entrelinhas dos cafeeiros para que não ocorram processos de erosão.
Já a cobertura morta com palha irá contribuir com a redução da infestação das plantas daninhas pelo efeito do sombreamento e de lixiviação de compostos alopáticos.
Manejo mecânico
No cafezal, o controle mecânico está relacionado ao uso de práticas de eliminação de plantas por meio da ação mecânica. Como exemplo, vale citar a capina manual e as roçadas, sejam elas manuais ou mecanizadas.
Aliado a isso, tem-se como forma mecânica de se manejar plantas daninhas o uso de grades e arados bastante modernos e tecnificados, facilitando o controle das daninhas nas linhas de plantio do café.
Manejo químico
O manejo químico é amplamente utilizado para impedir que plantas invasoras possam competir por nutrientes com a planta do café, principalmente devido à sua eficácia e capacidade de controle das daninhas. Esse método se dá por meio da utilização de herbicidas responsáveis pelo controle das plantas daninhas.
Os herbicidas evoluíram no controle de plantas daninhas em cafezais, com suas tecnologias permitindo um controle muito mais eficaz dessas plantas, com menor risco ao meio ambiente.
Tecnologia: aliada do controle químico de plantas daninhas em cafezais
Para o bom manejo de plantas daninhas, é de extrema necessidade utilizar ferramentas químicas capazes de contribuir para a redução da germinação das sementes no solo, com consequente redução na ocorrência de plantas daninhas na área.
Neste sentido, a IHARA, especializada em tecnologias e defensivos para a proteção de cultivos, recentemente apresentou ao mercado sua nova linha de produtos com a chancela de “Herbicidas do Futuro”, para diversas culturas, caso da cultura de café.
Destaque maior é dado ao herbicida Falcon. Esse é o novo herbicida pré-emergente da IHARA que apresenta a inovação em seu DNA, principalmente devido à nova tecnologia com amplo espectro de controle de daninhas no café, além de ação seletiva e flexibilidade de aplicação.
Aplicado ainda na pré-emergência das invasoras (tanto folhas largas como estreitas), em época úmida. O herbicida permite que o cafeicultor tenha uma “arma tecnológica” bastante eficaz no controle de daninhas em seus cafezais, assegurando total segurança.
* Texto produzido em parceria com o pesquisador da Renova Agro dr. Renan Fonseca Nascentes
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